
ACREFI – Crédito e varejo: uma ligação muito forte
Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento dá apoio institucional à 18ª Eletrolar Show.
por Leda Cavalcanti
Perto de completar 67 anos (em maio próximo), a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) é anterior ao Banco Central (criado em 1964) e seu objetivo é congregar as empresas do setor, defender seus legítimos interesses, fortalecer as relações entre elas e promover o desenvolvimento de suas atividades. Hoje, são 75 associadas, todas reguladas pelo Banco Central.

“Com atuação nacional, a Acrefi apoia a inserção dos associados nas agendas de inovação do Banco Central, bem como de sustentabilidade no mundo financeiro, compliance, representatividade em termos de mudanças na legislação e serviços ligados às boas práticas e regulatórios. Somos chamados a casa do crédito”, diz Tadeu Silva, presidente da Acrefi.
A defesa do crédito responsável é uma das bandeiras da instituição. “Crédito responsável é aquele que visa a sustentabilidade do sistema no longo prazo e tem a ver com a consciência do tomador. Há várias opções com relação a prazo e custo. A preocupação é olhar se o crédito solicitado resolve o problema ou cria outro. Não adianta comprar tudo de uma só vez. É melhor pagar um produto e depois comprar outro. Isso diminui a inadimplência e é crédito sustentável”, conta o presidente.
Crédito e Varejo

A Acrefi dá seu apoio institucional à 18ª Eletrolar Show. “O mercado financeiro ajuda o varejo a vender, então é muito importante essa nossa parceria com a feira. O crédito e o varejo têm uma ligação muito forte. O crédito ajuda a pessoa a antecipar as compras e colabora para o varejo vender. A Acrefi tem abrangência nacional e essa aproximação é bastante positiva”, diz Tadeu.
Para a democratização do crédito, a tecnologia foi fundamental. Antes dela, a pessoa tinha que levar uma série de documentos à loja, praticamente um histórico de vida e, por vezes, ficava horas esperando a aprovação. Hoje, com o CPF e a consulta ao cadastro positivo, o crédito é dado em cinco minutos. As fintechs ajudaram a desenvolver o mercado.
No entanto, ainda há muita gente distante desse cenário em um país com a dimensão do Brasil, que tem regiões sem acesso à internet, diz Tadeu. O movimento do eSocial, que cadastra as pessoas de forma eletrônica, é muito bom, mas ainda há muitos que não têm acesso ao smartphone, porque sua necessidade é outra. É preciso maior infraestrutura e, também, as instituições financeiras avançarem mais para o interior. Em algumas localidades, elas nem conseguiram chegar.
Educação financeira
Esta é fator fundamental e no qual a Acrefi atua para sua disseminação em várias frentes, inclusive no currículo escolar. Algumas prefeituras estão evoluindo e conseguindo incutir a importância desse tipo de educação. “O quanto antes o jovem receber educação financeira, menos problemas ele terá em sua vida. Será uma pessoa melhor. Vai aprender que não adianta comprar se não pode pagar o produto. A prestação tem que caber no bolso dele”, afirma Tadeu.
Como processo que ensina a lidar com o dinheiro e com outros meios de pagamento, como o cartão de crédito, a educação financeira colabora para formar pessoas mais conscientes e responsáveis e ajuda a prevenir o endividamento. “O mercado sustentável é uma espiral positiva”, atesta o presidente da Acrefi.
Fonte: Eletrolar News Ed. 166