
ESPECIAL PRESIDENTES 2025 – VAREJO
Estratégias eficientes são fundamentais para ampliar as vendas do 2º semestre
Equilibrar o uso da tecnologia com o atendimento humanizado é caminho para fechar o ano com bons resultados.
por Dilnara Titara, Gustavo Sumares, Leda Cavalcanti e Tatiana Sasaki
As conturbações no cenário internacional não afetaram o desempenho do segmento de eletros no Brasil, no primeiro quadrimestre de 2025. No geral, todas as categorias do segmento tiveram expansão, e a estimativa é que o ano registre crescimento variável, entre 5% e 10%, nas vendas em relação a 2024, um período muito favorável para essas categorias de produtos.
O crescimento será impulsionado por investimentos em novos negócios, pelo fortalecimento da cadeia de suprimentos, inovações tecnológicas e modernização dos processos de fabricação, inclusive com o estabelecimento de critérios da agenda ESG, atendendo à demanda por produtos com maior eficiência energética e fabricados dentro do conceito de sustentabilidade.
Neste Especial Presidentes, a maior parte das empresas mostra que tem boas expectativas para o segundo semestre, embora a cautela também faça parte de seu planejamento, e com razão, devido aos desafios mundiais e à taxa de juros. O momento pede estratégias eficientes, tecnologia para automatizar processos, resiliência e atendimento humanizado.
BEMOL
Marcelo Forma, diretor financeiro e comercial

O primeiro quadrimestre de 2025 foi positivo para a Bemol, que cresceu dois dígitos, mesmo diante do cenário nacional e global marcado por alta volatilidade e incertezas, afirma o diretor financeiro e comercial Marcelo Forma. “A inflação persistente sobre os custos dos produtos, as taxas de juros ainda elevadas e a consequente redução da renda disponível da população exigiram um esforço estratégico significativo para mantermos a performance. Ainda assim, tivemos um início de ano sólido e acima das expectativas.”
Projeção da empresa é alcançar receita der R$ 5 bi neste ano.
Para o segundo semestre, a empresa adota uma postura cautelosa. “O cenário fiscal brasileiro segue crítico, sem perspectiva clara de melhora no curto prazo. Além disso, a guerra tarifária tem provocado elevação expressiva na entrada de produtos chineses no mercado local, trazendo novos desafios ao setor de eletromóveis”, diz Marcelo. Com base em suas iniciativas estratégicas, a Bemol projeta alcançar receita de R$ 5 bilhões em 2025.
Em resposta ao ambiente desafiador, a empresa tem executado seu plano de investimentos de forma conservadora, com reavaliações constantes. “Intensificamos também nosso compromisso com a inteligência artificial, promovendo sua democratização em toda a organização. A meta é aumentar nossa eficiência operacional e identificar novas oportunidades de gerar valor para os nossos clientes”, explica o executivo.
CASAS BAHIA
Renato Franklin, CEO

Depois de cinco trimestres consecutivos de avanço na rentabilidade e a melhor geração de caixa dos últimos cinco anos, o Grupo Casas Bahia encerrou 2024 com resultados sólidos. “Assumi a liderança com a missão de resgatar a rentabilidade, fortalecer a marca e preparar a empresa para o futuro. Hoje, podemos dizer que a transformação está em curso e com entregas concretas”, afirma Renato Franklin, CEO do Grupo Casas Bahia.
Empresa cresceu 15,6% no marketplace e fortaleceu a estratégia omnicanal.
A companhia focou no core business, eletroeletrônicos, móveis e crediário, encerrando projetos dispersos e promovendo uma ampla reestruturação. O Capex foi reduzido de R$ 1 bilhão para R$ 386 milhões, lojas de baixa performance foram fechadas, a logística reorganizada e os gastos com marketing reduzidos em 30%. No crediário, a digitalização via carnê digital e banQi, com estruturação do FIDC, tornou o modelo mais seguro e escalável.
No final de 2024, a carteira de crédito alcançou R$ 6,2 bilhões (16,8% da receita bruta), e a liquidez superou R$ 3,7 bilhões, destaca Renato. “Crescemos 15,6% no marketplace, e a estratégia omnicanal foi fortalecida com iniciativas como o Casas Bahia Ads. E, em 2025, iniciamos um novo ciclo de expansão responsável, com foco em cidades de médio porte e reafirmando o compromisso com o consumidor ao retomar o slogan Dedicação Total a Você.”
CYBELAR
Giovana Pasquotto, presidente

O faturamento da empresa cresceu 18% no primeiro quadrimestre de 2025 ante o mesmo período do ano passado, conta Giovana Pasquotto, presidente da Cybelar. “Estamos focados no fortalecimento das parcerias e estratégias, incrementando o mix de produtos, otimizando investimentos, reduzindo custos e despesas, além de revitalizar as lojas para melhorar a experiência dos clientes.”
Com novos produtos e serviços, empresa espera fechar 2025 com crescimento de dois dígitos.
Para o segundo semestre, a perspectiva continua otimista. “Fortaleceremos nosso relacionamento com os clientes, inserindo novos produtos e serviços. Também investiremos em marketing, no fortalecimento da marca e em CRM. Vamos iniciar uma parceria importante com o Grupo Silvio Santos, em especial com o Baú da Felicidade”, conta Giovana, ressaltando ainda o compromisso da empresa em expandir a multicanalidade.
A expectativa da Cybelar é fechar 2025 com crescimento de dois dígitos no faturamento em relação ao ano passado. “Será um resultado bem expressivo diante das circunstâncias macro e microeconômicas”, destaca a presidente.
GAZIN
Gilmar Alves de Oliveira, presidente

O Grupo Gazin superou metas e teve crescimento de 12,6% nas vendas no primeiro quadrimestre de 2025 ante o mesmo período do ano anterior, apesar do desafiador cenário econômico. “Nossa competitividade crescente tem sido um diferencial, permitindo ganhos consistentes de participação de mercado mesmo em ambientes adversos”, afirma o presidente do grupo, Gilmar Alves de Oliveira.
Expectativa da empresa é de faturamento de R$ 10,9 bi em 2025.
Ele destaca, também, o fortalecimento dos serviços financeiros e a gestão humanizada como fatores decisivos para o desempenho. A estratégia do grupo, centrada em eficiência operacional, excelência no atendimento ao cliente e diversificação de canais — varejo, atacado, e-commerce, indústria e serviços financeiros —, reforça a visão de crescimento sustentável.
Para o segundo semestre, a expectativa da companhia é otimista, impulsionada por eventos como a Black Friday e as campanhas de final de ano. “Estamos confiantes em que nossa capacidade de adaptação e resiliência nos permitirão entregar desempenho superior, consolidando um faturamento anual de R$ 10,9 bilhões em 2025.” Ele destaca, também, o fortalecimento dos serviços financeiros e a gestão humanizada como fatores decisivos para o desempenho. A estratégia do grupo, centrada em eficiência operacional, excelência no atendimento ao cliente e diversificação de canais — varejo, atacado, e-commerce, indústria e serviços financeiros —, reforça a visão de crescimento sustentável.
Para o segundo semestre, a expectativa da companhia é otimista, impulsionada por eventos como a Black Friday e as campanhas de final de ano. “Estamos confiantes em que nossa capacidade de adaptação e resiliência nos permitirão entregar desempenho superior, consolidando um faturamento anual de R$ 10,9 bilhões em 2025.”
GRUPO MM
Márcio Pauliki, CEO

O primeiro quadrimestre de 2025 ficou dentro da meta de crescimento de 20% ante 2024, reflexo de avanços na governança, da ampliação de canais de venda, especialmente o e-commerce próprio (.com/home), e do atacado, que vem se consolidando como estratégico, diz Márcio Pauliki, CEO do Grupo MM. “Também houve bom desempenho nas lojas físicas, com destaque para as unidades em regiões de forte presença do agronegócio, que contribuíram de forma relevante para os resultados do período.”
Estimativa de faturamento da empresa para 2025 é de R$ 1,8 bilhão, mantendo o crescimento anual de 20%.
Para o segundo semestre, a expectativa é manter o ritmo de crescimento. A empresa segue focada na melhoria contínua da eficiência operacional, com ações de otimização das despesas que não geram retorno direto e com atenção redobrada ao comportamento da inadimplência. A inovação permanece como um dos pilares estratégicos para simplificar processos, ampliar a agilidade das operações e aumentar a competitividade da companhia em todos os canais.
“Nossa estimativa de faturamento para 2025 é de R$ 1,8 bilhão, mantendo o crescimento anual de 20%”, destaca o CEO. A empresa também projeta um EBITDA de 15%, alinhado ao plano estratégico de longo prazo, que prioriza eficiência, diversificação e fortalecimento de margens. A consolidação de novos canais e o equilíbrio operacional sustentam as expectativas de mais um ano de expansão.
GRUPO ZEMA
Romero Zema, CEO

Iniciou 2025 com a expectativa de crescimento de 10%, mas fechou o primeiro quadrimestre com desempenho estável. “O resultado reflete o momento econômico desafiador, especialmente para o varejo de bens duráveis. Hoje, cerca de 60% das nossas vendas são financiadas e, com a taxa Selic acima dos 14% a.a., o custo do crédito permanece elevado e impacta diretamente o poder de compra das classes C e D, nosso principal público”, diz o CEO, Romero Zema.
A expectativa de faturamento é de R$ 1,7 bi em 2025.
A inflação pressiona o orçamento das famílias e leva o consumidor a priorizar itens essenciais, conta o CEO. “Soma-se a isso o alto índice de endividamento da população, que dificulta ainda mais o acesso ao crédito. O cenário exige adaptação, criatividade e resiliência. Seguimos atentos, com olhar estratégico e o compromisso de buscar soluções que ampliem o acesso, mantenham a competitividade e, principalmente, respeitem a realidade do nosso consumidor.”
Para o segundo semestre, a rede mantém uma postura otimista e confia na retomada do crescimento, diz o CEO. “Estamos reavaliando nossas estratégias, ajustando o mix de produtos e identificando com precisão os canais e as frentes com maior potencial de expansão. Nosso foco é equilibrar o desempenho, compensando possíveis quedas em algumas áreas com oportunidades em outras, sempre com agilidade, inteligência comercial e foco no cliente.” A expectativa de faturamento é de R$ 1,7 bi em 2025.
KALUNGA
Hoslei Pimenta, diretor de operações e vendas

A empresa encerrou o primeiro quadrimestre de 2025 com crescimento entre 2,6% e 3% ante o mesmo período de 2024, resultado considerado positivo diante do cenário desafiador do varejo. “Esse desempenho se deve, em grande parte, aos nossos serviços diferenciados, como a entrega em até duas horas, que têm impulsionado as modalidades pick-up-store e ship from store”, diz Hoslei Pimenta, diretor de operações e vendas da Kalunga.
Projeção de faturamento é de R$ 3,7 bilhões em 2025, um avanço de 5,5% a 6% ante 2024.
O segundo semestre promete manter o ritmo de expansão, com foco na eficiência operacional. “Seguiremos buscando crescimento com a conservação das margens e ganhos de produtividade em todas as áreas: lojas físicas, canais digitais e operações logísticas”, destaca Hoslei. Com essa estratégia, a Kalunga projeta faturar R$ 3,7 bilhões em 2025, o que representa avanço de 5,5% a 6% em comparação com 2024.
Segundo o executivo, um dos impulsionadores será a consolidação das marcas próprias, cuja participação no mix de produtos da companhia vem crescendo de forma consistente. “Destacamos a marca Spiral, que conta com uma ampla linha de itens de papelaria, além da importação de produtos diferenciados por meio da Spiral do Brasil.”
KOERICH
Antonio Koerich, presidente

O primeiro quadrimestre de 2025 foi bastante positivo para a empresa, especialmente no litoral de Santa Catarina, que recebeu alto número de turistas. “O aumento no turismo teve impacto direto no consumo. Com a conversão cambial favorável, estrangeiros encontraram preços atrativos em nossos produtos, o que impulsionou a economia local e beneficiou setores como hotelaria, gastronomia e serviços”, conta Antonio Koerich, presidente da Lojas Koerich.
Meta da empresa é encerrar 2025 com crescimento de 10% em relação a 2024.
Outro fator importante foi o início das comemorações dos 70 anos da empresa. “Desde janeiro, reforçamos nossa presença em comunicação, com campanhas consistentes, como a do aniversário da Koerich, que ocorreu entre abril e junho, com sorteios de automóveis”, diz Antonio. Para o segundo semestre, a perspectiva é bastante positiva. “Vivemos um momento sólido, sustentado por uma equipe comprometida e conectada ao DNA da empresa. Hoje, temos 80% dos nossos gerentes formados internamente, o que garante conhecimento profundo do nosso modelo de negócio”, diz o presidente.
A empresa tem a meta de encerrar 2025 com crescimento de 10% em relação a 2024, diz Antonio. “O ano passado já foi excelente para o nosso setor, impulsionado pela renovação da linha branca nos lares brasileiros. Seguimos com parcerias consolidadas e uma equipe de 1.750 colaboradores engajados em oferecer um atendimento nota 10.”
LEROY MERLIN
Julien Gazier, CFO

A empresa encerrou 2024 com faturamento de R$ 9,5 bilhões, um crescimento de 6% no período, reflexo direto da expansão e modernização de suas operações. “No ano passado, abrimos quatro novas lojas, em Joinville, Jundiaí, Leblon e Alto da Boa Vista, e transformamos 45 unidades, otimizando espaços e ampliando a exposição de produtos de forma mais atrativa”, destaca Julien Gazier, CFO da Leroy Merlin Brasil.
Empresa encerrou 2024 com faturamento de R$ 9,5 bilhões.
No primeiro semestre de 2025, a rede deu continuidade à expansão, com inaugurações em Brasília (Jardim Botânico) e Bauru (interior de SP). “Outras frentes estratégicas incluíram o fortalecimento de soluções financeiras via Leroy Merlin Pay e programas de fidelização, como o Leroy Merlin Com Você. Essas ações demonstram uma estratégia proativa para impulsionar as vendas, o crescimento da empresa no Brasil e a confiança no País”, afirma Julien.
Para o segundo semestre, a expectativa é de continuidade no ritmo de crescimento. “Seguimos comprometidos com inovação, sustentabilidade e soluções completas para o lar. Apostamos na ampliação de serviços, entendimento do perfil do consumidor e na atuação em toda a jornada da obra.” A expansão do braço corporativo Leroy Merlin Empresas, com foco em construtoras, hotéis e condomínios, deve contribuir para o desempenho positivo no segundo semestre e nos próximos anos.
LOJAS COLOMBO
Eduardo Colombo, presidente

Os primeiros meses de 2025 foram de resultados compatíveis com o planejamento estratégico da companhia. “Tivemos crescimento consistente nos principais indicadores, reflexo de medidas preventivas adotadas em 2024 e de um olhar mais apurado sobre os custos”, afirma Eduardo Colombo, presidente da rede. Segundo ele, os ajustes realizados tornaram a operação mais leve e resistente às flutuações do mercado.
Empresa estima faturamento de R$ 2,7 bilhões em 2025.
Com a aproximação do segundo semestre, a expectativa é de intensificação das vendas devido às datas promocionais relevantes. “Quem estiver preparado para abraçar essas oportunidades verá resultados inflados. Na Colombo, acreditamos que a força do trabalho é transformadora, e essa é a melhor aposta para garantir um ano forte”, diz o executivo. Ele destaca, ainda, a importância de adotar novas tecnologias, promover ajustes internos e manter o time engajado para enfrentar os desafios do cenário econômico atual.
A empresa projeta faturamento de R$ 2,7 bilhões em 2025. Apesar da pressão inflacionária e da retração do poder de compra, a Colombo mantém foco na eficiência operacional e em suas fortalezas estratégicas. “Os próximos meses serão de bastante trabalho, e eu acredito nos grandes resultados que virão com ele”, conclui Eduardo.
LOJAS EDMIL
Adaoney Pereira Valias, presidente

No primeiro quadrimestre de 2025, a empresa superou as metas que havia estipulado. “Com isso, tivemos crescimento acima de 13,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Creditamos o resultado a vários fatores, entre eles, a abertura de mais uma loja física”, conta Adaoney Pereira Valias, presidente de Lojas Edmil.
Empresa estima faturamento aproximado de R$ 700 milhões neste ano.
Outros pontos que contribuíram para o crescimento foram o fortalecimento da marca nas cidades onde a rede não possui lojas físicas, mas que estão dentro da região em que atua, os investimentos no canal online e em tecnologia, e a busca de inovações para alcançar cada vez mais o consumidor, como por exemplo o CRM, além da constância de treinamentos para toda a equipe.
Há confiança na continuidade do crescimento no segundo semestre, mas o mercado é instável, lembra Adaoney. “Logo, é necessário sermos conservadores com ações, promoções e investimentos. Contamos com o apoio de nossos parceiros e fornecedores para promovermos diferenciais nos pontos de venda. Estimamos faturamento aproximado de R$ 700 milhões. Alcançando esse número, teremos crescimento acima de 15% em relação ao ano de 2024.”
MAGALU
Roberto Bellíssimo, CFO

A empresa encerrou o primeiro trimestre de 2025 com vendas de mais de R$ 16 bilhões, margem bruta acima de 30%, margem EBITDA de 8,1%, caixa de R$ 6,7 bilhões e lucro líquido ajustado de R$ 11 milhões, segundo Roberto Bellissimo, CFO do Magalu. “Esses resultados evidenciam a solidez do ecossistema Magalu em um cenário macroeconômico que ainda exige disciplina e foco”, afirma. Ele destaca, ainda, o aumento na margem bruta, a expansão do serviço de fulfillment, o crescimento do MagaluAds, o ganho de market share das lojas físicas e o lucro da Luizacred.
Com lucro de R$ 11 milhões no primeiro trimestre, Magalu aposta em conversão de vendas em 2025.
Segundo Roberto, “conversão” é o principal tema do ano, último do atual ciclo estratégico. “Nosso objetivo é transformar um percentual maior das milhões de visitas que recebemos em nossos canais de vendas em transações efetivas e, com isso, continuar evoluindo a rentabilidade e retomar um patamar mais elevado de crescimento sustentável”, afirma.
Para isso, Roberto diz que todas as áreas do Magalu, que nos últimos anos focaram em geração de caixa, aumento de margem, eficiência operacional e satisfação do cliente, dedicarão energia na conversão de vendas. “Estamos trabalhando em aspectos como preços e prazos de entrega, experiência de navegação e opções de pagamentos. Iniciamos 2025 confiantes na nossa estratégia e na capacidade de execução do nosso time”, conclui.
MARTINS ATACADO
Rubens Martins, CEO

“O cenário econômico de 2025 segue desafiador devido à taxa de juros elevada, conjugada ao crédito contingenciado, ao consumo afetado pelo endividamento do consumidor e à inflação crescente. A despeito desse cenário, o Martins fechou o primeiro quadrimestre de 2025 entregando o crescimento orçado em seu planejamento anual”, conta o CEO, Rubens Batista.
O ano requer atenção, mas a empresa quer crescer aceleradamente.
Contribuíram para o resultado a proximidade e o alinhamento da empresa com seus principais fornecedores; a utilização de inteligência no desenho de ações táticas específicas, trabalhando para atender de forma personalizada ao GTM de cada indústria nas dimensões de categoria, produto, região e cliente; e a aceleração do crescimento da plataforma de marketplace B2B. “Ela é um viabilizador do objetivo de aumentar nossa relevância junto aos clientes. Hoje, com aproximadamente 500 sellers ativos e mais de 250 mil SKUs disponíveis, o plano é crescermos aceleradamente”, diz Rubens.
Em 2025, a empresa seguirá se movendo com a cautela e a atenção que o ano requer. “No entanto, cremos que, trabalhando como fizemos nesse primeiro quadrimestre, construiremos um bom segundo semestre, sendo nossa expectativa entregar a meta do ano, que estabelece crescimento na casa de dois dígitos baixos”, diz o CEO.
POLISHOP
João Appolinário, fundador e presidente

O primeiro quadrimestre de 2025 foi muito positivo para a Polishop, que lançou mais de 30 produtos nas categorias de beleza, fitness e relax. “As inovações foram muito bem recebidas no mercado, como a escova rotativa com infusão de ácido hialurônico, e o Multi Styler, modelador e secador 8 em 1 da nossa marca própria Be Emotion. A performance de ventiladores e climatizadores ajudou a manter o ritmo forte de vendas iniciado no fim de 2024”, diz João Appolinário, fundador e presidente da empresa.
Empresa vai explorar novo modelo de distribuição no segundo semestre.
O setor de casa e cozinha reforçou a posição da empresa, especialmente com a marca própria Ichef, famosa pelas panelas antiaderentes e air fryers. “Continuamos líderes em fritadeiras sem óleo e lançamos a primeira air fryer com inteligência artificial do País”, destaca João. A resposta positiva do público ajudou a calibrar as expectativas para os próximos meses, indicando um cenário favorável para a expansão das vendas.
Para o segundo semestre, a empresa projeta crescimento expressivo, impulsionado pelos produtos mais desejados e novas soluções das marcas próprias Genis Fitness e Genis Relax. A empresa também vai explorar novo modelo de distribuição. “Acredito que o varejo do futuro é estar onde o cliente estiver. Por isso, vamos abrir a oportunidade para que o varejo tradicional e plataformas digitais também possam comercializar nossas marcas próprias, permitindo que os clientes encontrem a Polishop em ainda mais lugares.”
TOKLAR
Marcos Sudbrack, gestor

O primeiro quadrimestre de 2025 foi desafiador, conta Marcos Sudbrack, gestor da rede Toklar. “Esperávamos mais, porém a estiagem em nossa região de atuação, a frustração com a safra, a instabilidade política e o enfraquecimento do poder de compra da população, especialmente das classes C e D, nossos principais públicos, impactaram fortemente o desempenho.”
Empresa espera recuperação consistente nos próximos meses.
A empresa é cautelosa em relação ao segundo semestre, mas está com boas expectativas. “Temos que ter esperança e lutar para melhorar essa situação, mas ainda não enxergamos sinais concretos de mudança do cenário atual”, afirma o gestor.
No segundo semestre, a Toklar pretende igualar o faturamento registrado em 2024, diz Marcos. “Estamos 10% abaixo do ano anterior até o momento, mesmo com o dobro de investimento em mídia. Precisamos de uma recuperação consistente nos próximos meses.”
TVLAR
Antonio Azevedo, presidente

Para falar da expectativa para 2024, é preciso apresentar alguns fatos ocorridos em 2023, diz Jordana Barros, COO. “Ao longo do ano passado, buscamos fortalecer nosso core de negócio e apostar em novos modelos de loja, ajustados às demandas de diferentes públicos, com a introdução de home centers compactos no interior dos estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul, e de butiques focadas em acabamentos de alta gama. Dessa forma, ampliamos nossa abrangência de mercado e capacidade de oferta.”
Empresa reforma as principais lojas e redefine o mix com produtos de maior valor agregado.
Para o segundo semestre, a expectativa é de crescimento da ordem de 20% das vendas em relação aos primeiros seis meses do ano, em função de fatores sazonais, como o forte calor que vai de junho até novembro na Região Norte. A Black Friday e o Natal concentram as vendas no último trimestre do ano.
Os juros elevados têm gerado incertezas e reduzido o grau de confiança do consumidor, o que deve resultar em um consumo mais cauteloso, diz Antonio. “De nossa parte, estamos reformando as principais lojas, implantando novo layout e redefinindo o mix com produtos de maior valor agregado. Por esses motivos, projetamos crescimento nominal de 9% para 2025, que já será um bom desempenho no atual cenário contracionista.”
NOVO MUNDO
José Guimarães, CEO

O primeiro quadrimestre de 2025 ficou dentro do previsto no planejamento da empresa, diz José Guimarães, CEO da NovoMundo.com. “Seguimos reconquistando os mercados onde temos maior relevância e aumentando fortemente a participação nas linhas e espécies de maior margem, que é o foco nessa retomada.”
Para o segundo semestre, a expectativa é de crescimento médio de 30%. “Há uma razão para esse número robusto, pois já teremos equalizado a inclusão de todo o novo mix definido no nosso planejamento e assinado os contratos de fornecimento 2025/2026 com todos os parceiros. Projetamos faturamento de R$ 800 milhões nos próximos 12 meses, refletindo os ajustes estratégicos e o foco na rentabilidade”, conta o CEO.
Fonte: Revista Eletrolar News – Edição #167